O ano de 2012 está se completando como difícil para as companhias brasileiras, com o comprometido da rentabilidade. Para 2013, o cenário pode revelar diferentes tons para o conjunto das empresas, algumas ampliando e outras com redução na oferta. Dentro destas características, a Abear – Associação Brasileira das Empresas Aéreas – mostrou nesta segunda, os números de novembro, tendências do setor para o próximo ano, o cenário inicial que pode ter avanços ou ganhar retrações dependendo do andamento de questões fundamentais como o preço do combustível que só no mês passado foi responsável por 42% do custo Brasil.
Houve retração na oferta, isto novembro comprovou. 6.363.229 passageiros foram transportados, com diminuição de 5,62% na oferta e 2,35% na demanda, comparados com outubro. Com isso, o load factor (aproveitamento) subiu 2,55%, passando para 76,28%. Para Eduardo Sanovicz, presidente da entidade que está em seu quinto mês de existência, este movimento mostrou que as companhias procuraram melhorar a taxa de ocupação, aumentar a rentabilidade e reduzir custos, tentando manter os preços, sem repasse maior para os passageiros.
A contração na oferta já foi sentida e a demanda dos passageiros foi menor. Na TAM, de 3,114%, a Trip teve 6%, enquanto a Azul ficou no estável, com 0,15% a mais na oferta. A Avianca prosseguiu em seu processo de expansão com 44,29% a mais de assentos-quilometros, mostrando que continua líder no aproveitamento, com 82,75% de ocupação, enquanto os dados da GOL e Webjet (consolidados), levou a expansão de oferta da GOL em 2,75% com incremento na demanda de 1,96%.
Já para 2013, a manutenção da mesma demanda com um número menor de voos – o que também significa redução de custos – pode ser determinante para um ano onde as empresas precisam ter melhor rentabilidade sem que o ajuste dos preços seja de forma impactante para o consumidor, como ilustrou o consultor técnico da Abear, Adalberto Febeliano.
Sanoviz resume o plano das companhias: “Avianca e Azul/Trip tem previsão de crescimento enquanto GOL e TAM programam um ano de ajustes, mas o que poderá acontecer ao longo do primeiro semestre de 2013 entre os preços do combustível, os itens custos e operacional, impostos e taxas, será determinante”.
E a pré-fixação nos preços dos combustíveis e o ICMS? “Temos a expectativa do debate destes temas que poderão gerar uma nova situação”, respondeu Sanovic, baseando-se nos dados recentes dos contatos mantidos junto ao governo federal. “Caso prevaleçam mudanças ao final do primeiro semestre, poderemos ter um 2013 positivo e de bons resultados”.
O que Sanovicz está ansioso para comemorar é uma decisão que o governo, ministério da Fazenda e Decea podem dar em 72 horas, sobre uma reposição na determinação programada para primeiro de janeiro, quando do aumento previsto de 83% nas taxas operacionais de navegabilidade que já tiveram 150% no começo do ano. “Procuramos mostrar que um aumento de 230% em dois anos para fazer passe ao aumento-zero de oito anos, não dá prá ser reposto assim. Mostramos as alternativas da Abear e suas associadas sugerindo uma revisão e de parcelamento, estamos aguardando.”
E a outra novidade maior da coletiva foi o entendimento definido para que a revisão do Código Aeronáutico Brasileiro não entrasse em votação neste ano, voltando em pauta junto ao Congresso logo no inicio de 2013. Neste período serão explicitadas as posições da Abear onde um dos temas centrais trata do acesso acionário por parte do capital estrangeiro . A idéia é de que o controle continue sendo da companhia brasileira, porém com maior participação das empresas e grupos do exterior, hoje restrita aos 20% do capital. “Desejamos que todas as propostas que estão sendo apresentadas possam contribuir para o desenvolvimento e que o modal aéreo seja tão forte como a economia brasileira”, ressaltou o presidente da Abear.
As informações são"
Brasilturis Jornal".Sempre é citado o link de referência.
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Thiago Oliveira 
